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Como tratar queratose pilar: dicas e cuidados essenciais


A textura da pele tem o poder de mexer com a nossa autoestima. E quando surgem pequenas bolinhas ásperas nos braços, coxas ou bochechas, muita gente se pergunta: “Será que isso é normal?” A resposta é: sim, pode ser completamente normal — e tem nome.

Estamos falando da queratose pilar, uma condição dermatológica muito comum que afeta a aparência e o toque da pele, mas que pode ser tratada com os cuidados certos. Ainda pouco falada, ela merece atenção e carinho, principalmente quando impacta o bem-estar no dia a dia.

Neste post, vamos desvendar o que é a queratose pilar, por que ela aparece, quais são os melhores ativos para tratá-la e como montar uma rotina de skincare que transforma a textura de forma gentil, consciente e eficaz. Continue a leitura e descubra como cuidar desse tipo de pele com todo o amor que ela merece.

O que é a queratose pilar?

A queratose pilar é uma condição genética e crônica que aparece quando há um acúmulo de queratina — uma proteína natural do nosso organismo — nos folículos pilosos. Esse excesso bloqueia a saída dos pelos, formando pequenas elevações na superfície da pele, que são secas ao toque e podem apresentar vermelhidão ao redor.

É comum que ela apareça nos braços, coxas, bumbum e até nas bochechas, especialmente em pessoas com a pele seca ou sensível. Apesar de não ser contagiosa nem perigosa, a queratose pode incomodar visualmente e impactar o bem-estar. Por isso, entender como cuidar dessa condição é o primeiro passo para conquistar uma textura lisa, uniforme e saudável.

Quais são os sintomas da queratose pilar?

A queratose pilar pode ser facilmente identificada pelos sinais que ela deixa. O principal deles é o surgimento de bolinhas secas e ásperas que lembram a textura de uma “pele de morango” ou “pele de galinha”. Esses sinais podem variar de intensidade, mas com os cuidados certos, a pele responde muito bem — e os resultados são perceptíveis em pouco tempo:

  • Pequenas bolinhas endurecidas, com ou sem vermelhidão ao redor;
  • Textura áspera ao toque, como lixa fina;
  • Pele seca ou com sensação constante de ressecamento;
  • Aparência opaca, sem viço;
  • Coceira leve, especialmente em climas frios ou após o banho;
  • Possíveis manchas ou cicatrizes leves causadas por atrito ou tentativa de espremer.

Pele seca couro

O que pode causar a queratose pilar?

A origem da queratose pilar é multifatorial, mas o principal fator está relacionado à predisposição genética. Se alguém da sua família tem, as chances de você também apresentar são maiores. Identificar os gatilhos e ajustar sua rotina de cuidados é o melhor caminho para controlar e suavizar os sintomas da queratose de forma eficaz.

Alguns causadores dessa condição dermatológica são:

  • Pele naturalmente seca ou sensível;
  • Clima frio e seco, que desidrata a pele com mais facilidade;
  • Dermatite atópica ou outras condições que afetam a barreira cutânea;
  • Falta de esfoliação e renovação celular adequada;
  • Uso excessivo de produtos que ressecam ou irritam a pele.

Quais são os tratamentos para a condição dermatológica?

O tratamento da queratose pilar é feito com um conjunto de cuidados que atuam em diferentes frentes: esfoliação para renovar, hidratação para manter o equilíbrio da barreira cutânea e proteção para prevenir danos futuros. Não existe fórmula mágica, mas há uma rotina que funciona.

Esfoliação: a renovação que a pele precisa

A esfoliação corporal é um passo fundamental para quem convive com a queratose pilar, mas é importante que ela seja suave e feita com ativos químicos, e não com grânulos abrasivos, que podem machucar e irritar ainda mais a pele.

Ácidos como o lático, glicólico e salicílico são ótimos aliados. Eles promovem uma renovação gentil da camada superficial da pele, ajudam a desobstruir os poros e deixam o toque uniforme. A ureia, em concentrações entre 10% e 20%, também atua como esfoliante químico leve e ao mesmo tempo hidrata profundamente.

Hidratação: o cuidado que transforma a textura

A pele com queratose pilar costuma ter a barreira cutânea comprometida, por isso, a hidratação precisa ser constante e potente. Aposte em hidratantes que contenham ingredientes como ceramidas, pantenol, ácido hialurônico, manteiga de karité e óleos vegetais.

Eles ajudam a reter a umidade, reparar a barreira e suavizar a textura com o tempo. A dica de ouro é aplicar o hidratante logo após o banho, com a pele ainda úmida. Isso potencializa a absorção e melhora os resultados no dia a dia.



Proteção solar: essencial mesmo em dias nublados

Você sabia que a proteção solar é um dos passos mais importantes para quem tem queratose pilar? Embora a condição apareça comumente em áreas do corpo que não estão sempre expostas ao sol, o protetor solar é um aliado indispensável em qualquer rotina de cuidados com a pele.

A razão para isso é simples: o uso de ácidos, presentes em tratamentos para a queratose pilar, pode sensibilizar a derme. Isso a torna vulnerável aos danos solares, o que pode gerar manchas, aumentar a irritação e até potencializar o ressecamento. Por isso, o protetor solar não é um “plus”, mas sim um cuidado diário necessário para manter a pele saudável, protegida e livre de danos a longo prazo.

Quais os melhores ativos para tratar a queratose pilar?

Quando se trata de cuidar da queratose pilar, escolher os ingredientes certos pode fazer toda a diferença. Afinal, não há nada melhor do que sentir a pele suave e sem as bolinhas incômodas, não é mesmo? Por isso, vamos falar sobre os melhores ativos que podem transformar a textura e deixar tudo lisinho, saudável e radiante.

Ácido lático: esfoliação química leve e hidratante

O ácido lático é um dos nossos queridinhos! Ele é perfeito para quem tem a pele sensível, pois oferece uma esfoliação química leve que vai ajudar a remover o excesso de queratina sem agredir. E o melhor: ele também é hidratante, atraindo água para a derme e deixando-a macia, suave e cheia de viço.

Esse ativo é ideal para peles secas ou ásperas, pois hidrata profundamente, deixando-a flexível e confortável. Ah, e por ser suave, o ácido lático também é uma ótima opção para quem está começando a rotina de skincare corporal de forma intensiva!

Ureia: hidrata profundamente e renova a pele

A ureia é outro ativo incrível quando se fala em queratose pilar. Ela possui uma ação queratolítica, o que significa que ajuda a “soltar” as células mortas e a desobstruir os poros, deixando-a uniforme e sem o acúmulo de queratina. Além disso, a ureia é um excelente hidratante, proporcionando hidratação intensa e prolongada.

Esse ingrediente é perfeito para quem tem a pele ressecada ou com dificuldade em manter a umidade. E acredite, com o uso contínuo, a textura ficará macia, hidratada e elástica. Ideal para quem busca tratar a queratose pilar e melhorar o aspecto geral do corpo.

Ácido salicílico: limpa os poros e reduz a aspereza

O ácido salicílico é aquele ativo multifuncional que pode ajudar a dissolver o acúmulo de queratina nos folículos, limpando profundamente os poros. Ele também possui uma ação anti-inflamatória suave, que ajuda a reduzir as vermelhidões e a acalmar a pele. Dessa forma, ela fica uniforme, sem aquela textura áspera e as bolinhas da queratose pilar vão diminuir gradualmente.

Além de limpar, o ácido salicílico também ajuda a refinar a textura da pele, deixando-a mais suave e sem os sinais visíveis do problema. Ele é muito eficaz e, quando usado de forma cuidadosa, é um excelente aliado para quem tem a pele com tendência a inflamação ou ressecamento.

Vitamina C: proteção e luminosidade

Quem não ama um toque de luminosidade? A vitamina C é uma verdadeira estrela quando o assunto é melhorar a aparência geral da pele, trazendo aquele brilho saudável e natural. Ela é antioxidante, ou seja, ajuda a proteger as células contra os danos dos radicais livres, que podem acelerar o envelhecimento e piorar a condição da queratose pilar.

Além disso, a vitamina C tem um poder incrível de reduzir manchas e uniformizar o tom. Se você sofre com as manchas causadas pela queratose, esse ativo vai ajudar a suavizá-las e dar aquele efeito sem marcas. E mais: ela fortalece a barreira cutânea, tornando a pele resistente às agressões externas. Isso significa que o ativo atua para prevenir novos danos, como o surgimento de manchas ou a irritação provocada por outros fatores.

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Ceramidas: fortalecem a barreira cutânea

As ceramidas são verdadeiras heroínas! Elas são responsáveis por manter a integridade da barreira cutânea, ou seja, a camada que protege a pele de agressões externas e evita a perda de hidratação. Quando a queratose pilar aparece, a barreira cutânea pode estar comprometida, é aí que as ceramidas entram para fazer a diferença.

Além de hidratar profundamente, as ceramidas ajudam a restaurar a pele, mantendo-a forte, protegida e resistente. Elas são ideais para dermes sensíveis, pois acalmarão qualquer irritação e ajudarão a manter o equilíbrio.

Ácido glicólico: renovação celular e suavidade

O ácido glicólico é um dos esfoliantes mais conhecidos e amados no universo do skincare. A principal função é promover a renovação celular da pele, ajudando a remover as células mortas da superfície. Isso é essencial para a queratose pilar, já que a condição acontece justamente por um acúmulo de queratina nos folículos pilosos. Ao acelerar o processo de renovação, o ativo desobstrui os poros para um corpo liso e com uma textura uniforme.

Só que os benefícios não param por aí! Além de esfoliar, o ácido glicólico também ajuda a reduzir manchas, que podem surgir ao longo do tempo devido ao atrito ou tentativa de espremer as bolinhas. Além disso, melhora o viço, criando uma estética iluminada e saudável. O poder de ação sobre a renovação celular também pode atenuar as marcas da queratose pilar e te ajudar a conquistar uma pele mais radiante.

Cuidar da queratose pilar é um processo simples e eficaz quando feito com os ativos certos. Para um toque ainda mais suave e hidratado, descubra se é seguro usar hidratante corporal no rosto! Confira no nosso post!

Até logo!

Referências:

DINULOS, J. G. H. Queratose pilar. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-da-queratiniza%C3%A7%C3%A3o/queratose-pilar>. Acesso em: 24 abr. 2025.

Disponível em: <https://www.ufrgs.br/textecc/traducao/dermatologia/files/prototipo3/Fichas/queratose%20pilar.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2025.

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